
O TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade) é, segundo a Associação Brasileira de Déficit de Atenção (2013, p.1), um transtorno neurobiológico de causas genéticas, que aparece na infância e frequentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Ele se caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade, sendo chamado às vezes de DDA (Distúrbio do Déficit de Atenção). Em inglês, é chamado de ADD, ADHD ou de AD/HD.
O indivíduo que possui TDAH é reconhecido oficialmente por vários países e pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Em países, como nos Estados Unidos, pessoas com TDAH são protegidas pela lei, principalmente para receberem tratamento diferenciado na escola.
De acordo com o autor do livro TDA/TDAH – Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, Thomas W. Phelan (2005), as características mais marcantes do TDAH são distração, impulsividade, impaciência, hiperatividade, superexcitação, desobediência, problemas sociais e desorganização. O autor trata as distrações como sendo visuais, auditivas, somáticas e de fantasia.
As distrações visuais envolvem tudo que está no campo de visão do indivíduo, atraindo sua atenção e desviando-o facilmente do objetivo principal que é a realização da tarefa. As distrações auditivas, ocorrem por qualquer som que o mesmo ouve, o incomodando e também fazendo com que ele se disperse facilmente. A hiperatividade afeta o convívio social, o relacionamento da criança com outras crianças e também com adultos que não tem entendimento que essa hiperatividade é causada por esse transtorno.
Quanto mais cedo a criança for diagnosticada, maior é a chance dela se organizar em suas ações, levando em consideração o desenvolvimento neurológico e as janelas de oportunidades, que são abertas pela plasticidade de maior número de conexões nervosas que possibilitam a aprendizagem por meio de novas experiências (ROTTA, et al., 2016).